sábado, 23 de maio de 2015

------------------------------------ CURA QUANTICA  -------------------------------





Até agora, todavia, a medicina não conseguiu dar o salto quântico e a palavra quantum ainda não tem aplicação clínica. Como a física quântica lida com aceleradores de altíssima velocidade, você pode pensar que a cura quântica emprega radioisótopos ou raios X.

Mas o significado é o oposto. A cura quântica afasta-se dos métodos da alta tecnologia e penetra nos meandros mais profundos do sistema mentecorpo.
É nesse núcleo que ela se inicia. Para atingi-lo e aprender a
provocar a resposta de cura é necessário que você atravesse todos os níveis mais densos do corpo: células, tecidos, órgãos e sistemas; atingirá, então, o ponto de união entre a mente e a matéria, o ponto em que a consciência realmente começa a causar um efeito.

A medicina do corpo e da mente deixa muitos médicos
extremamente intranqüilos. Consideram-na mais um conceito do que um campo verdadeiro. Se puder escolher entre a nova idéia e a química familiar, um médico dará preferência à segunda: penicilina, digitálicos,aspirina e Valium não exigem nenhum conceito novo do paciente (ou do médico) para fazer efeito. O problema surge quando a química não atua. (Deepak Chopra)

O Poder da intenção positiva - Física Quântica…

A Física Quântica tem como ideia central a quantização da energia. Quantizar a energia significa distribuí-la em pacotes, em quantidades definidas. A luz solar, as ondas de rádio, TV, celulares, raios X, todo o espectro de ondas eletromagnéticas pode ser visto como vários pacotinhos de energia se propagando. Cada pacotinho é chamado de quantum. A Energia que cada quantum carrega é diretamente proporcional a frequência da onda emitida pela fonte. Por exemplo, a luz vermelha tem uma determinada frequência de vibração, a onda azul tem outra, e assim por diante, cada cor tem sua frequência específica. No caso da luz visível a luz vermelha é a que tem a menor frequência de vibração, e a luz azul (violeta) a maior (por isso estas suas cores são as duas extremidades do arco-íris).










Onde quero chegar é que como a luz azul tem uma frequência de vibração maior que a luz vermelha, o seu pacotinho de energia, o quantum da luz azul, carrega mais energia que o quantum da luz vermelha, por exemplo.
.
Quanto maior a frequência de vibração da onda, maior a energia de cada quantum, de cada pacotinho de energia que ela transporta.
Em outras palavras, um  único quantum de uma onda de alta frequência, de alta vibração, numa linguagem mais acessível, pode carregar, ele sozinho, mais energia que muitos quanta de outra vibração mais baixa.
Portanto considerando-se que os pensamentos positivos, as orações, todas as ações positivas da mente emitem ondas de alta frequência vemos, pelo que foi explicado acima, que um pequeno pensamento positivo carrega um quantum de energia mais alta do que muitos quanta de vários pensamentos negativos.
É a física moderna explicando o poder do BEM…
Podemos também entender, desta forma, o conceito que alguns autores trazem de “massa crítica”.
Eckhart Tolle, por exemplo, autor do livro “O Poder do Agora”, diz que não é necessário que toda a humanidade dê um salto quântico de consciência para que o planeta evolua.
Se apenas uma parte das pessoas, uma massa crítica de indivíduos, der este salto, todo o planeta dará conjuntamente o salto quântico da consciência!
Leia no Link o Livro, O Poder do Agora em PDF de Eckhart Tolle:
>>http://www.luzdegaia.org/downloads/livros/diversos/O_Poder_do_Agora_Eckhart_Tolle.pdf















Entra aqui também o conceito dos Campos Morfogenéticos, introduzido pelo cientista e pesquisador Rupert Sheldrake.
Esta teoria afirma que quando membros de uma espécie aprendem um comportamento, e esse comportamento é repetido vezes o suficiente, o tal campo (molde) é modificado e a modificação afeta a espécie por inteiro, mesmo que não haja formas convencionais de contato entre os indivíduos!
O que é um campo morfogenético ?
Os campos morfogenéticos ou campos mórficos são campos que levam
informações, não energia , e são utilizáveis através do espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade depois de terem sido criados. Eles são campos não físicos que exercem influência sobre sistemas que apresentam algum tipo de organização inerente.
“A teoria do causação formativa é centrada em como as coisas tomam formas ou padrões de organização. Deste modo cobre a formação das galáxias, átomos, cristais, moléculas, plantas, animais, células, sociedades. Cobre todas as coisas que têm formas, padrões , estruturas ou propriedades auto-organizadas.
Todas estas coisas são organizadas por si mesmas . Um átomo não tem que ser criado por algum agente externo, ele se organiza sozinho. Uma molécula e um cristal não são organizados pelos seres humanos peça por peça, mas se cristalizam espontaneamente.
Os animais crescem espontaneamente. Todas estas coisas são
diferentes das máquinas que são artificialmente montadas pelos seres humanos.
Esta teoria trata sistemas naturais auto-organizados e a origem das formas. E eu assumo que a causa das formas é a influência de campos organizacionais, campos formativos que eu chamo de campos mórficos. A característica principal é que a forma das sociedades, idéias, cristais e moléculas dependem do modo em que tipos
semelhantes foram organizado no passado. Há uma espécie de memória integrada nos campos mórficos de cada coisa organizada.. Eu concebo as regularidades da natureza como hábitos, mais que por coisas governadas por leis matemáticas eternas que existem de algum modo fora da natureza “
O código genético inscrito no DNA coordena a síntese das proteínas, determinando a sequência exata dos aminoácidos na construção dessas macro-moléculas.Os genes ditam essa estrutura primária e ponto. "A maneira como as proteínas se distribuem dentro das células, as células nos tecidos, os tecidos nos órgãos e os órgãos nos organismos não estão programadas no código genético”, afirma Sheldrake. “Dados os genes corretos, e portanto as proteínas adequadas, supõe-se que o organismo, de alguma maneira, se monte automaticamente. Isso é mais ou menos o mesmo que enviar, na ocasião certa, os materiais corretos para um local de construção e esperar que a casa se construa espontaneamente.”
Leia no Link a Teoria de Rupert Shedrake em PDF:
>>http://www.pontodetransicao.com.br/biblioteca/campos_morfogeneticos.pdf

O FENÓMENO DO CENTÉSIMO MACACO….
Que fenômeno é este? trata-se de um salto quântico da consciência, espontâneo e misterioso, obtido quando uma massa crítica é atingida.
Vivemos numa Realidade Holográfica onde uma mudança de uma parte do Holograma cria uma onda de efeito que começa a afetar todo o Holograma.
O ponto de massa critica é referido como o centésimo macaco devido a uma experiência feita nos anos sessenta por alguns primatologistas japoneses: um macaco ensinou outro a lavar batatas, que ensinou outro, …que ensinou outro, e em pouco tempo todos os macacos da ilha lavavam as batatas quando nenhum antes as tinha lavado. Quando o centésimo macaco aprendeu a lavar batatas, repentina, espontânea e misteriosamente os macacos de outras ilhas, sem contato físico com os primeiros, começaram a lavar batatas!
Esta historia do centésimo macaco (que não eram necessariamente 100) está também implícita nos estudos do inglês Rupert Sheldrake (biólogo e autor de mais de 80 documentos científicos e livros) sobre Telepatia e Ressonância Mórfica. Rupert mostra que quando um grupo de indivíduos (macacos, homens, insetos etc.) começa a assumir determinado comportamento, vai criando uma massa crítica que, a partir de determinado número, faz com que todos os indivíduos desta espécie passem a se comportar da mesma forma. Os campos morfogenéticos são a memória coletiva, a qual recorre a cada membro da espécie e para a qual cada um deles contribui. É este campo que transmite a informação para o salto evolutivo, ou para a manutenção do padrão vigente.
Os campos mórficos estão intimamente relacionados com os laços afetivos entre indivíduos. São afinidades que surgem entre os indivíduos na sua convivência. Essas afinidades são responsáveis pela comunicação de informação. E são os campos morfogenéticos que levam a informação, não a energia, e são utilizáveis através do espaço e do tempo sem perda alguma de intensidade depois de terem sido criados. Eles são campos não físicos que exercem influência sobre sistemas que apresentam algum tipo de organização inerente.
Não podemos negar que este novo conhecimento vem facilitar a compreensão da evolução social ou mesmo biológica nas espécies animais. Assim sendo, não podemos deixar de assumir o quanto TODOS somos responsáveis pelo que está acontecendo no planeta. Quando fazemos ou não fazemos algo, estamos contribuindo para a sustentação ou criação desta massa crítica.
São as escolhas que fazemos agora, da sopa quântica de possibilidades existentes no futuro, que criam o nosso presente. E é no presente, no Agora que devemos nos focar para conseguirmos mudar seja o que for.
A Grande Mudança, por que todos esperamos, na nossa Realidade Holográfica é o despertar do coração da humanidade. Esta mudança é uma transformação coletivaque consiste na soma das etapas de cada indivíduo para a Nova Realidade. Cadapessoa, em seu próprio tempo, está a avançar a um estágio de consciência quetraz uma ampla vista e uma consciência que brota do coração. Quando a atenção primária de muitos de nós ficar focada no seu chacra cardíaco, então o “efeito do centésimo macaco” irá ocorrer.
Assistam o Vídeo da experiência do centésimo macaco:


Pela Física Quântica podemos entender, que também, se este novo comportamento trouxer um quantum de energia suficientemente alto, o TODO se torna modificado, entrando esta nova informação para o campo quântico da consciência no planeta.
“Nós vivemos em uma cultura totalmente hipnotizada pela ilusão de tempo, na qual o chamado presente é sentido como uma pequena linha entre o ‘todo poderoso’ passado causativo e o ‘absurdamente importante futuro’. Não temos presente.
Nossa consciência está quase completamente preocupada com memórias e expectativas.
Nós não percebemos que nunca houve, há, ou haverá qualquer tipo de experiência além da experiência do momento. Portanto, nós estamos fora de contato com a realidade. Nós confundimos o mundo como ele é falado, descrito, e mensurado com o mundo do modo que ele na verdade é. Nós estamos doentes com uma fascinação pelo uso das ferramentas de nomes, números, símbolos, sinais, conceitos e ideias.” - Alan Watts
Todos nós estamos vivendo uma época única! Onde temos acesso a informações e lições importantes para maior entendimento e esclarecimento sobre a vida e o Todo.
Este é o momento certo e oportunidade que todos estamos tendo de abertura e facilidades para ancorarmos as Energias e darmos o nosso Salto Quântico!..

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Quem Somos Nós? Quantum Edition





Filme: Quem Somos Nós
Diretor: Betsy Chasse , Mark Vicente , William Arntz
Elenco: Barry Newman , Elaine Hendrix , Marlee Matlin Robert Bailey Jr.
Gênero: Documentário
Duração: 108 minutos


Sínopse: Amanda, a protagonista, é interpretada por Marlee Matlin, que se vê numa fantástica experiência ao estilo de 'Alice no País das Maravilhas', quando sua vida cotidiana, tão carente de inspiração, literalmente começa a desenredar-se, revelando o mundo incerto de valores ocultos, encobertos por uma realidade alarmante, que a maioria de nós considera normal.

Amanda é literalmente lançada em direção a um redemoinho de acontecimentos caóticos, enquanto os personagens que encontra durante esta odisséia revelam um conhecimento mais profundo e oculto, que ela jamais percebera querer saber.





Assim como toda heroína, Amanda é mergulhada numa crise, passando a questionar as premissas fundamentais de sua vida - e percebe que a realidade na qual sempre acreditou, principalmente em relação aos homens, os relacionamentos com outras pessoas, ou, ainda, a maneira como seus sentimentos afetam seu trabalho, não faz parte, de fato, da vida real!!

À medida que Amanda aprende a relaxar vivendo essa experiência, ela se torna capaz de dominar seus temores, adquire sabedoria e conquista a chave dos segredos de todas as idades, tudo isso, de uma forma muito divertida. A partir daí, ela já não é mais uma vítima das circunstâncias, mas está a caminho de ser a grande força criativa de sua própria vida, que, por sinal, jamais voltará a ser a mesma.


 
Os quatorze cientistas e místicos entrevistados ao longo do módulo do documentário representam uma espécie de 'Coral Grego' dos tempos modernos. Numa cena artística de dança, suas idéias são entremeadas, como se estivessem tecendo um tapete, usando a verdade como o fio da trama. Os pensamentos e as palavras de um dos membros do coral se misturam aos daquele que vem a seguir, acrescentando uma ênfase maior ao conceito intrínseco no filme, que se baseia na interligação de todas as coisas.

Os membros do coral atuam como se fossem anfitriões que vivem do lado de fora da história, e, a partir desta visão Olímpica, manifestam seus comentários a respeito das atitudes dos personagens que iremos descrever a seguir. Eles também estão ali para apresentar as 'Grandes Questões' levantadas, tanto pela ciência, quanto pela religião, que dividem o filme em uma série de atos. Conforme o filme transcorre, a distinção entre a ciência e a religião passa a ficar cada vez mais embaralhada, já que nos damos conta de que tanto a ciência, quanto a religião, na verdade, são parte de um único fenômeno.

O filme utiliza a animação para transmitir a intensidade do conhecimento radical que os avanços da ciência vêm revelando durante os últimos anos. Seqüências poderosas em cinematic exploram o funcionamento interno do cérebro humano. Uma animação de natureza peculiar nos apresenta à menor fração de consciência existente em nosso corpo, a célula. Efeitos visuais deslumbrantes reforçam a mensagem central do filme, de uma forma contundente e poderosa.






Feitas com muito humor, precisão e irreverência, estas cenas são apenas uma pequena parte daquilo que torna esse filme tão ímpar no contexto da história do cinema, fator que certamente fez dele um verdadeiro campeão de bilheterias.

O filme "Quem somos nós" faz uma aproximação entre física quântica e metafisica, pensando as possibilidades da realidade e as conseqüências das novas descobertas científicas para questões existenciais.

Chama a atenção o fato de a física recente lançar questionamentos da ordem do real, reconhecendo a contingência e o grande papel das possibilidades. De fato, o estudo das partículas sub-atômicas aponta para o paradoxo espaço-temporal de um mesmo objeto estar em dois lugares ao mesmo tempo.

Passando da ordem sub-atômica para uma realidade mais abrangente, perguntamo-nos o quanto há de contingente mesmo nas possibilidades da vida.

Outro fator relevante levantado pelo documentário é a importância do observador. Enquanto um átomo não é observado, ele é um feixe de possibilidades, mas quando há um observador, ele assume apenas uma forma. A realidade não é, portanto um dado puramente externo, como pensava a física clássica, mas uma construção do sujeito, como já apontavam os filósofos da mente.

Assim, questionamos também uma visão determinista ou fatalista da vida, e, com argumentos da própria ciência, aproximamo-nos do existencialismo que devolve ao homem a possibilidade de dar forma à sua vida através da sua liberdade ontológica. O ser humano, enquanto sujeito, é o grande ator e responsável pelo que ocorre a ele mesmo.

Do ponto de vista religioso, a constatação da constante interação entre tudo o que existe, seja no nível das partículas sub-atômicas, seja no nível da interligação dos eventos, pode dar uma certa sustentação à espiritualidade. No filme, essa religiosidade aproxima-se do zen-budismo e, às vezes, beira ao panteísmo. Mas o importante é demonstrar que a existência de Deus não precisa ser necessariamente um perigo para a razão, podendo até mesmo beneficiar essa visão globalizadora.





Além da física, o filme discute a neurociência e a biologia humana, mostrando como para o corpo, não há diferença entre um experiência real e um sonho ou fantasia. Ou ainda como podemos nos acostumar com a realidade tal qual a experimentamos uma primeira vez, dificultando novos níveis de compreensão e vivência. Uma nova experiência pode ser tão desconcertante que escapa aos sentidos imediatos.

As sensações, além disso, causam uma descarga de hormônios, enzimas, ligações neurais que são assimiladas pelo corpo/cérebro. Quanto mais nos expomos a algumas situações, mais nosso corpo se adapta a elas e nos tornam "viciados" nelas. O mesmo ocorre quando evitamos outras experiências, às quais nosso corpo toma-se menos apto. Daí a importância dos sentimentos: as palavras e o pensamento têm um poder real sobre os acontecimentos e sobre nós mesmos.

Percebermos como esse processo de relacionamento com tudo e todos que nos cercam vai se inscrevendo no nosso corpo e como esse mesmo corpo vai se moldando às novas histórias e às mudanças incessantes às quais estamos submetidos.



Quem não dialoga com o próprio corpo se sente à deriva, sucumbe na crise do afastamento. Buscar uma forma sem questionar é ignorar que o corpo é um manancial de conhecimento. Ele nos dá a direção na vida.


É um filme interessante não só pela curiosidade como pela interdisciplinaridade. Os especialistas podem considerá-lo até um pouco superficial, mas ele atinge o objetivo: populariza a física quântica e a filosofia, faz refletir sobre nosso papel no mundo e ajuda-nos a nos conhecermos melhor.

"Quem Somos Nós?" ganhou diversos Prêmios internacionais, entre eles:              

Ashland Independent Film Festival — Melhor Documentário DCIFF — DC Independent Film Festival — Premio de documentário do Grande Júri - Maui Film Festival — Audience Choice Award — Melhor Documentário Híbrido - Houston World Fest — Prêmio Platinum Remi Sedona International Film Festival — Prêmio da escolha da audiência, filme mais provocante - Pigasus Award — tomada de Midia que tem mais estranho efeito paranormal.

“Quem Somos Nós?” – Física Quântica e Espiritualidade – Só Que Não!


ArtigosCeticismoPseudociênciajul 12, 2013 162 40265

Crédito da Imagem: What The Bleep Do We Know.
Eu não queria escrever esse artigo, mas infelizmente o documentário Quem Somos Nós? (em inglês What the Bleep do we Know!?) voltou a circular na internet, em especial, nos grupos de física no Facebook.

Quem Somos Nós é um documentário de pseudociência que distorce os conceitos da mecânica quântica. Uma pessoa que não tem noção básica de mecânica quântica acaba acreditando nesse filme por falta de informação. Para um leigo, é praticamente impossível distinguir em qual parte o documentário começa a viajar no mundo dos unicórnios.

O problema desse documentário é misturar ciência com espiritualidade, consciência (não em referência aos estudos em filosofia da mente e neurociência, mas com base em pseudociências) e outras crenças esotéricas New Age, repassando a informação como algo comprovado pela ciência, em especial, pela mecânica quântica. Em primeiro lugar a mecânica quântica não fala sobre espiritualidade, consciência ou meditação, e a ciência ainda não conseguiu explicar a consciência (os últimos estudos foram inconclusivos). [1]

QUEM SÃO OS “ESPECIALISTAS” DO DOCUMENTÁRIO?

O documentário é apresentado por um ex-padre que pregava o evangelho do irmão gêmeo de Jesus, um médico que quer curar os gays e acha que os liberais são retardados mentais, outro que exerce uma terapia não reconhecida pela ciência, um físico praticante de levitação, um cara morto há 35.000 anos baixando em uma dona loira e, em má companhia nesta turma, um físico sério enganado pelos discípulos de uma seita maluca. [2]

“QUEM SOMOS NÓS” EM POUCAS PALAVRAS

01 – A física quântica nos diz que a realidade não é fixa – partículas subatômicas só passam a existir quando eles são observadas.

02 – Nossa mente tem um enorme potencial, mas só usamos uma pequena parte dela para o pensamento consciente, e perdemos muito do que está acontecendo ao nosso redor.

03 – Se a sua mente é o “observador”, você deve ser capaz de escolher qual das muitas realidades possíveis em torno de você vem à existência – você pode criar sua própria realidade, e provavelmente virá sem medicação anti-ansiedade para arrancar.

Só tem um “pequeno” problema com tudo isso citado acima! Está tudo errado!

O EFEITO DO OBSERVADOR

“A mecânica quântica calcula apenas possibilidades. Quem ou que escolhe entre essas possibilidades para trazer o evento real da experiência? A consciência deve estar envolvida. O observador não pode ser ignorado.” Amit Goswami (PhD) em Quem Somos Nós.

Não exatamente, Amit. O efeito do observador na mecânica quântica não é sobre pessoas ou realidade. Ela vem do Princípio da Incerteza de Heisenberg, e é sobre as limitações ao tentar medir a posição e o momento das partículas subatômicas. Um material emocionante, mas nada a ver com nossas vidas diárias.

Heisenberg basicamente disse que você não pode obter uma solução realmente precisa, tanto a posição e o momento de uma partícula subatômica – digamos, um elétron – ao mesmo tempo. Pode ser preciso em um ou o outro, mas não em ambos. Na verdade, é a máquina que é o observador, e não o ser humano que está anotando resultados. [3]

FORA DA EXISTÊNCIA DE PARTÍCULAS

“A realidade física é absolutamente uma rocha sólida, mas ele só passa a existir quando ele bate contra outro pedaço de realidade física – como nós, ou uma pedra.” Dr. Jeffrey Satinover (psiquiatra, doutorando em física), em Quem Somos Nós.

Os pedaços de matéria que compõem as partículas subatômicas (prótons, nêutrons e elétrons) não existem em nenhuma maneira prática, mensurável, a menos que eles estejam interagindo uns com os outros. Uma vez que eles não colidem uns com os outros, eles formam seus pequenos eus regulares.

Mas isto só se aplica às partículas subatômicas – uma rocha não precisa que você esbarre nela pra existir. Ela está lá. As partículas subatômicas que compõem os átomos que compõem a rocha também estão lá.

E isso certamente não depende de um observador para fazer isso acontecer. Enquanto uma partícula subatômica está interagindo com outra partícula subatômica, elas existem independentemente de onde você está ou o que você está fazendo.

NOTA: Quando eles usam a palavra “observar”, na verdade significa “interagir com o”, e não olhar ou pensar.

“As partículas aparecem e desaparecem – para onde vão quando não estão aqui Uma resposta possível: eles vão para um universo alternativo onde as pessoas estão fazendo a mesma pergunta: ‘Onde eles foram?'” Fred Alan Wolf, em Quem Somos Nós.

Elas não vão a lugar algum, Fred. Partículas são flutuações – as regras da física dizem que é perfeitamente bem para que eles existam em algum momento e/ou lugar e ser inexistente em outro momento e/ou lugar. [4]

ELES ESTÃO ERRADOS SOBRE AS NOSSAS MENTES PERCEBEREM A REALIDADE

“Sua mente não pode dizer a diferença entre o que vê e o que se lembra de” Dr. Joseph Dispenza (quiroprático) em Quem Somos Nós.

Dr. Dispenza afirma (corretamente) no filme que os exames PET E MRI mostram que a mesma parte do cérebro se ativa sempre que você olha algo ou apenas se lembra da coisa. Mas é um grande passo dizer que o cérebro não sabe a diferença entre a visão e a memória.

Nosso cérebro não nasceu ontem. Dado algumas pistas contextuais, como por exemplo, quando as pálpebras estão abertas ou fechadas, ele pode perceber alguma coisa vendo ou só se lembrando. E tem o fator escalar – o cérebro se mostra ativo nos scans muito mais forte quando você está vendo alguma coisa do que quando você está lembrando-se de algo.

“Nosso cérebro recebe 400 bilhões de bits por segundo de informação, mas só somos conscientes de 2000 bits por segundo. A realidade está acontecendo a todo tempo no nosso cérebro  – estamos recebendo a informação mas ela não está sendo integrada.” Andrew B Newberg (médico radiologista) em Quem Somos Nós.

Os valores são um pouco flexíveis, mas a ideia de que só somos “conscientes” de uma fração da nossa atividade cerebral é correta e um imenso alivio.

O que pode ser pior do que estar ciente de cada pequeno detalhe que nosso cérebro recebe – desde os níveis de fosfato até a taxa cardíaca e no crescimento capilar. É como ser o CEO de uma gigantesca empresa e escutar o que cada funcionário está fazendo a cada minuto todo o dia. Reuniões já são entediantes o suficiente – Me dê uma mente consciente com um dispositivo de filtro decente qualquer dia.

O único problema com a afirmação de Andrew Newberg é que ela sugere que nosso subconsciente está fazendo coisas realmente interessantes e estamos de alguma forma perdendo isso. Se pudéssemos aproveitar o outro zilhão de gigabits poderíamos ser os mestres do nosso destino. Se isso é verdade ninguém pode medir isso ou ver os efeitos.

“Só podemos ver o que é possível – os índios americanos nas ilhas caribenhas não puderam ver os navios de Colombo (ao horizonte) pois eles estavam além do conhecimento deles.” Dr. Candace Pert (ex-cientista, atual guru da nova era) em Quem Somos Nós.

É difícil dizer onde Candace Pert foi desonesta sobre se os índios americanos viram ou não quando Colombo e o seu pessoal atingiram o horizonte. Colombo certamente não falava a língua local, e os índios não deixaram registros escritos. Só o pajé sabia, e nós estamos cerca de 500 anos atrasados para perguntar.

Mas ela estava certa sobre nós não vermos coisas na frente de nossos olhos se não estamos olhando para aquilo. Um experimento clássico sobre processamento visual envolve pedir para pessoas assistirem um vídeo com 6 pessoas passando uma bola de basquete, e pressionar um botão cada vez que um time em particular passa a bola. Invariavelmente só metade das pessoas notou uma mulher vestida de gorila caminhando no meio da tela durante o jogo. [5]

ELES ESTÃO ERRADOS SOBRE AS NOSSAS AFETAREM A REALIDADE

O filme nos dá dois exemplos de experimentos que mostram o efeito da mente afetando a realidade. Nenhum deles prova isso convicentemente.

01. EFEITO DA MEDITAÇÃO NO CRIME VIOLENTO EM WASHINGTON, DC

O PhD John Hagelin, descreve um estudo que ele fez em Washington em 1992. 4000 voluntários meditavam regularmente pra atingir uma redução de 25% no crime violento pelo final do verão. Ele afirma que a redução foi atingida.

Mas o uso do termo “atingido” para Hagelin é um pouco forte. Ele anunciou em 1994 (um ano após o estudo) que a redução no crime violento foi de 18%. Você pode pensar que deveria ter 18% menos crimes do que o ano anterior, mas a redução foi relativo para o crescimento premeditado por meio de um elaborado trabalho estatístico. Indicadores regulares do crime violento mostram uma versão diferente – o numero de assassinatos na verdade aumentou.

A meditação pode não ter ajudado as vitimas do crime violento, mas ajudaram Hagelin a ganhar em 1994 o premio Ig Nobel da Paz.

02. O PODER DOS PENSAMENTOS NA ÁGUA

“Se pensamentos podem fazer isso com a água, imagina o que nossos pensamentos podem fazer conosco.” Observou um fã do Dr. Masaru Emoto no filme.

Dr. Emoto tira fotos de cristais formados na água congelada. Segundo seus livros, a água exposta a palavras de carinho demonstram padrões brilhantes e bonitos, enquanto a água exposta a pensamentos negativos forma padrões incompletos. Estas fotos podem ser muito bem apenas uma arte – mas é óbvio que não tem nada de ciência.

Se você gostaria de estudar o impacto dos sentimentos que são falados, desenhados, escritos na formação de cristais na água congelada, você tem que fazer um estudo ligeiramente mais rigoroso. Pra começar você teria que tirar um monte de amostras de diferentes partes de cada tipo de gelo. E fazer o estudo sem saber o que foi “dito” pra cada tipo de água, para as opiniões pessoais não influenciarem os resultados.

O ilusionista e cético James Randi, famoso por desmascarar artistas como Uri Geller, tem oferecido seu prêmio clássico de $1 milhão de dólares em dinheiro. Para o Dr. Emoto se ele conseguir ter os mesmos resultados fazendo o estudo da água desse jeito. Até agora, Dr. Emoto não aceitou o desafio. Em compensação ele acabou de lançar o seu terceiro livro de fotos de cristais bonitinhos. [6]

NOTA: leia uma crítica mais elaborada sobre o assunto aqui.

“QUEM SOMOS NÓS?” IMPORTA? É APENAS UM FILME!

Quando você percebe que muitas pessoas estão conversando sobre algo, é hora de se informar. Mas quando você se depara com tanta informação que foi distorcida pra se adequar a moldura da sua vida, as coisas se tornam um pouco confusas – é nessa hora que você deve checar os fatos! [7] [8] [9]

GUIA CÉTICO PARA ASSISTIR “QUEM SOMOS NÓS?”

01. Quem São os “Especialistas?”
02. Análise do Documentário.
03. Análise Final e Conclusão.

FONTES

[1] Refutando o “Professor” de “Física Quântica” Laércio Fonseca.
[2] Guia Cético Para Assistir “Quem Somos Nós?”.
[3] Princípio da Incerteza de Heisenberg.
[4] Fora da Existência de Partículas.
[5] Eles Estão Errados Sobre as Nossas Mentes Perceberem a Realidade.
[6] Eles Estão Errados Sobre as Nossas Mentes Afetarem a Realidade.
[7] Teaching Physics Mysteries Versus Pseudoscience.
[8] The Minds Boggle.
[9] What The Bleep do we Know?!

COLABORAÇÃO

01 – Douglas Rodrigues (Pesquisa)
02 – Lucas Muller (Tradução)